quinta-feira, 11 de outubro de 2012

APOSTAS POLÍTICAS EM CAMOCIM ENVOLVERAM MILHARES DE REAIS E FATOS INUSITADOS



No interior, eleição sem aposta, não é eleição. Durante 3 meses, uma fatia da população de Camocim viveu dias mais tensos que muitos candidatos. Eles são os famosos "apostadores". Em meio ainda à turbulência de carreatas e comícios, os mais "afoitos' faziam gozação antecipada com a cara de quem apostou. Outros "pegaram corda" de chefes políticos que, ao serem consultados diziam: "pode apostar que é seguro". Daí o "caba", alienado de papel passado, pensava: "Oxe, se o chefe está garantindo isso, vou apostar sim". O problema é que o "chefe" só garantia a promessa, mas cobrir o prejuízo em caso de derrota, nem pensar. Com isso, muitos perderam grandes valores, carros, motos, bicicletas, jumentos e até mesmo o meio de vida, pois chegaram ao ponto até de apostar o próprio estabelecimento comercial. As apostas podem ter alcançado a cifra de quase meio milhão de reais em Camocim. A  coisa chegou ao cúmulo de ter gente que quis apostar até o "fiofó", e que só não concretizou a loucura, porque na hora H, deu pra trás (sem trocadilho). Teve candidato que "empenhou" os únicos bens que tinha na vida, e pelo jeito, segundo informações, "afundou". Nunca se viu antes em Camocim um lado político tão convicto da vitória, e talvez por isso mesmo, as apostas tenham sido tão altas, e consequentemente, com perdas maiores ainda. Hoje tem "caba" andando a pé, sem ter como ganhar o pão de cada dia, e ainda servindo de chacota para quem sabe o que ele colocou "no mato" por conta de fanatismo e muita "corda" dos tais líderes do povão. Um dos casos mais absurdos que chegou ao nosso conhecimento foi o de um funcionário concursado municipal, que teria dito em alto e bom som, que renunciaria ao seu concurso caso a candidata à prefeita vencesse as eleições. Após 3 dias da divulgação do resultado, quem escutou ele falando está esperando ele cumprir a tal promessa. Por enquanto ele está indo trabalhar sem nem tocar no assunto, “caladinho da silva”.  
A "coisa" chega a tal absurdo, sempre movida à paixão política e falta de amor próprio, que teve um comerciante que disse a outro, que daria R$ 1,00 por cada voto de "ponta" que fosse conquistado pela candidata Mônica, e que de volta, queria apenas R$ 0,10 por cada voto de vantagem do candidato Chiquinho do Peixe. Ele alegou que baixou o valor pro "amigo", porque senão iria levá-lo à falência, já que esperava algo em torno de 6 mil de "ponta". Ontem foram buscar os R$ 374 que ele perdeu. Há ainda o caso de um sujeito que teria apostado a própria esposa. O problema é que parece que ela não sabia disso. Pense na confusão que vai ser pra desatar esse nó! Enfim, todos sabem que essa é uma mania de interior, já enraizada, alimentada em grande parte pelos "chefes" políticos, que no "frigir dos ovos", ficam de camarote, vendo a desgraça de uns e se autopromovendo com a vitória de outros.   

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